Antes de morrer, o apresentador Silvio Santos se preocupou em não saber de brigas por sua herança e decidiu deixar tudo em ordem. O fundador do SBT deixou estabelecido em testamento que seu patrimônio seria dividido entre as seis filhas, Cintia, Silvia, Renata, Rebeca, Patrícia e Daniela, e a esposa, Íris Abravanel.
Silvio possui uma fortuna avaliada em R$ 1,6 bilhão, segundo a revista Forbes. Na partilha, cada filha, além de outros bens e imóveis, receberia o valor de R$ 100 milhões. A informação foi divulgada pela Record TV. Em contato com o SBT, a emissora informou que não comenta sobre a vida pessoal de seu líder.
Das herdeiras, Patrícia Abravanel comanda o “Programa Silvio Santos” no lugar do pai, enquanto que Daniela Beyruti é vice-presidente do SBT.
Criador de um dos maiores grupos de comunicação do país, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), Silvio Santos marcou como poucos a história da TV e da cultura nacionais. O apresentador e empresário morreu neste sábado, aos 93 anos, em São Paulo. Ele estava internado há 17 dias no Hospital Albert Einstein.
Primogênito de dois imigrantes judeus sefarditas que vieram para o Brasil em 1924, Senor Abravanel, seu nome de batismo, nasceu em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Com um de seus quatro irmãos, Leon, começou a vender nas ruas da então capital brasileira capinhas plásticas para guardar título de eleitor, nas eleições de 1946. Era seu primeiro passo como empreendedor, aos 14 anos.
A voz bem postada de vendedor ambulante chamou atenção e garantiu-lhe um teste na Rádio Guanabara, mas a remuneração não lhe permitiu abandonar a vida de camelô. Aos 18 anos, trabalhando em uma rádio em Niterói, ele iniciou seu primeiro empreendimento: um serviço de alto-falante nas barcas que cruzavam a Baía de Guanabara.
Aos 20 anos, decidiu mudar-se para São Paulo, onde iria apresentar espetáculos e sorteios em caravanas de artistas. Na Rádio Nacional, onde era locutor, conheceu o ator, humorista e autor Manoel de Nóbrega. O criador da “Praça da Alegria” estava em dificuldades para administrar uma empresa de venda de brinquedos por prestações em carnês mensais, chamada Baú da Felicidade. Silvio assumiu o empreendimento, que em 1962 viria a se tornar o Grupo Silvio Santos, quando, além de brinquedos, passaria a financiar eletrodomésticos, carros e até casas. O grupo também ganhou um braço financeiro, em 1969, que daria origem ao Banco PanAmericano.
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