Tanto as lideranças estaduais do PL quanto as do PT dizem publicamente que um partido não fará aliança com o outro em 2024. Mas ambos os lados, por algum motivo, fazem vista grossa quanto à situação de São Paulo do Potengi.
O atual prefeito do Município, Eugênio Pacelli, embora pertença ao MDB, não votou em Fátima Bezerra em 2022, mesmo o vice na chapa sendo Walter Alves, optando por Fábio Dantas.
Não só: declarou apoio expresso a Bolsonaro, Rogério Marinho, Girão e Gustavo Carvalho, os quais estão entre os principais adversários da esquerda no RN.
Não só: utilizou a estrutura da prefeitura para fazer do município um dos únicos 9 do Estado em que Fátima Bezerra perdeu para Fábio Dantas.
Não só: sua esposa, a primeira-dama Célia Mara, preside o PL municipal, que lançará nominata forte para as eleições deste ano.
Não só: o pré-candidato a vice na chapa pela qual Pacelli disputará a reeleição é do partido de Styvenson, hoje o maior crítico do PT no RN, em contra-partida aos recursos que o senador tem enviado, inclusive para a instituição de duas escolas-cívico militares. Até aí nada demais. O inusitado é que, apesar de tudo isso, o PT local, liderado pelo vereador João Cabral, não só permaneceu na base do prefeito após 2022, como fará parte da mesma coligação em 2024, lado a lado com o PL.
Em São Paulo do Potengi, bolsonaristas e petistas andam abraçados.
O Potengi
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