Foto/Reprodução
Por Neto Queiroz
O Partido dos Trabalhadores está prestes a fazer uma cobrança mais enfática à senadora Zenaide Maia. Hoje, a compreensão dentro do partido é que ela está praticamente definida na aliança com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. Zenaide deu uma demonstração pública disso durante o “Pingo da Mei Dia”, quando desfilou de mãos dadas com Allyson por boa parte do percurso da festa.
O PT não está disposto a aguardar por Zenaide até o fim do ano, como deseja o PSD, partido da senadora. As lideranças petistas com quem conversei afirmam que ela não tem feito mais nenhuma sinalização de que estará no palanque da governadora Fátima Bezerra.
O partido também avalia que não há um caminho viável em Brasília para forçar a adesão de Zenaide à aliança da esquerda. Isso porque o PSD nacional não deverá compor o palanque do presidente Lula, o que enfraquece qualquer exigência de fidelidade partidária para uma coalizão que, por enquanto, se mantém apenas no campo administrativo.
Lideranças do PT ouvidas por mim disseram ainda que a ausência de uma aliança com Zenaide não seria um péssimo negócio. Avaliam que a senadora tende a ser beneficiada com os votos da esquerda sem oferecer uma contrapartida política efetiva.
Diante disso, o PT pretende pressionar o PSD por uma definição em curto prazo, visando ganhar tempo para articular uma nova composição. O plano B seria entregar a segunda vaga para o Senado a um nome do MDB, em conversas já iniciadas com o vice-governador Walter Alves.
Antes de avançar para esse plano B, a governadora Fátima Bezerra orientará os articuladores do partido a realizarem uma última conversa com Zenaide e Jaime Calado. Nessa conversa, será exigida uma sinalização pública a favor da aliança. Caso isso não ocorra, o PT pretende virar a chave.
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