A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (19), com um pedido para que a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT), explique uma publicação na rede social X, antigo Twitter. A parlamentar relacionou Michelle e a família Bolsonaro ao caso das joias, rachadinhas e tentativa de golpe de Estado.
A declaração questionada por Michelle Bolsonaro foi realizada na semana passada por Gleisi Hoffmann. Na ocasião, a presidente do PT listou possíveis candidaturas ao Senado Federal de nomes da família Bolsonaro, como a própria Michelle, o deputado federal Eduardo (PL-SP) e o vereador Carlos (PL-RJ).
Na sequência, a deputada petista citou possíveis crimes ligados à família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Mais um negócio de família! É estarrecedor o que a Polícia Federal vem revelando sobre a Abin de Bolsonaro. Das rachadinhas ao golpe, da espionagem às fakenews, o inelegível transformou a agência numa Gestapo particular, a serviço de seus interesses políticos e pessoais, incluindo a blindagem dos crimes da família”, disse.
“O esclarecimento das questões acima destacadas é essencial para a correta delimitação do alcance objetivo e subjetivo de futura queixa-crime. Ou seja, é imprescindível que a interpelada [Gleisi Hoffmann] apresente as explicações ora requeridas para possibilitar que a interpelante averigue efetiva autoria e materialidade dos delitos de calúnia e difamação que, por ora, são apenas cogitados”, enfatizou o advogado Marcelo Bessa, que representa a ex-primeira-dama.
A Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro no caso das vendas das joias sauditas. O relatório parcial da investigação indica que os desvios dos presentes recebidos em viagens oficiais começaram em meados de 2022 e tiveram fim no começo do ano passado.
Michelle Bolsonaro, no entanto, não foi indiciada e disse “não saber de nada” sobre o suposto esquema. A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro nega quaisquer irregularidades.
Do Metrópoles
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