Os gastos da União com diárias e passagens atingiram R$ 1,47 bilhão no 1º semestre de 2024. Representa alta de 9,1% na comparação com o mesmo período em 2023, quando o governo gastou R$ 1,35 bilhão em valores corrigidos pela inflação.
É o maior valor real desde o 1º semestre de 2014, no governo Dilma Rousseff (PT). Naquele período, as despesas com passagens e diárias somaram R$ 1,85 bilhão. A série histórica começa em 2011. Os dados são do Tesouro Nacional e estão disponíveis no relatório do resultado primário de junho de 2024.
As despesas com as diárias somaram R$ 873,9 milhões no 1º semestre deste ano –crescimento de 14,9% ante o mesmo período de 2023. Já os gastos com passagens aéreas subiram 1,6% nos 6 primeiros meses de 2024 em relação ao 1º semestre de 2023.
Fator pandemia
As restrições a viagens e a queda nos deslocamentos resultaram em uma redução no custeio de janeiro a junho de 2020 (R$ 590,5 milhões) e de 2021 (R$ 433,8 milhões), sob a Presidência de Jair Bolsonaro (PL). Houve um aumento de 100,6% no 1º semestre de 2022 ante o mesmo período de 2021.
A trajetória crescente seguiu no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Houve um crescimento de 68,7% no 1º semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2022.
Parte disso se explica pelo aumento de ministérios na administração do petista: agora são 39, enquanto no governo Bolsonaro eram 23. São, portanto, mais viagens envolvendo ministros e auxiliares.
Poder 360
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