A camaradagem do STF com o condenado Collor

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Da Coluna Esplanada

Enquanto dá pena de até 16 anos de cadeia para os aloprados golpistas do “8 de Janeiro de 2023” e, em canetadas monocráticas, perdoa delatores confessos da Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal só piora sua imagem popular com a morosidade – conota até companheirismo – do caso do ex-senador Fernando Collor de Mello.

Collor foi condenado a oito anos e 10 meses pela própria Corte em 2023 com provas de corrupção e lavagem de dinheiro quando senador. Ele recebeu R$ 20 milhões em propinas com atuação de um bando seu na BR Distribuidora.

Collor segue em liberdade, amparado por dois pedidos de vistas de ministros durante 2024 e agora nos embargos dos embargos (protocolados dia 6 de março deste ano) como última tentativa de evitar a prisão.

No julgamento de um recurso, em 2024, mantiveram a pena máxima o relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Barroso e Luiz Fux.

Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Nunes Marques e André Mendonça tentaram reduzir a pena a 4 anos (o que garantiria a Collor até prisão domiciliar), mas foram vencidos.

Cristiano Zanin se disse impedido e não votou. A viatura da PF está abastecida na garagem. Mas o Supremo segura a chave do carro.


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